
Cursos/Oficinas
Ministrantes
COMPOSIÇÃO POPULAR,
UM GESTO DO SENSÍVEL
Marcos visita a poesia, a música e a psicanálise, e fala de forma acessível a todos os públicos sobre uma possível abordagem do gesto criativo. Percebe quem compõe como sendo um instrumento, um elo na corrente que possibilita à música ganhar existência física.
A história de um instrumento musical fica marcada no som que ele irá emitir, como um barril que “ressoa” suas notas na bebida que acolhe. A moringa deixa o gosto do barro de que é feita na água que carrega. Quem compõe deixa seus traços, suas marcas de originalidade na obra. Emprestamos nossas lembranças afetivas, paisagens e sensações para que a música ganhe colorações, temperaturas, cheiros…Emprestamos também conhecimentos técnicos, tudo o que sabemos.
E o que não sabemos. A arte acontece ali onde não se sabe, do não-sabido surge a originalidade. Contribuímos, e muito, com o que não temos. Deixar algo de si na composição é dotá-la de elementos que irão ressoar em outros seres humanos.

Foto: Natália Gomes
MARCOS RUFFATO
(Músico Equipe SIAM)
Marcos Ruffato é músico, compositor e psicanalista. Filho de músicos, iniciou sua formação musical em casa, e seguiu buscando se aprofundar nos estudos de harmonia.
Atualmente, considera que seus principais instrumentos são o violão e a língua portuguesa, mas também se dedica ao bandolim e à guitarra, além de compor arranjos e produzir canções.
Graduado em Psicologia (UFMG 2013), se interessa pelo encontro entre arte e psicanálise, além de exercer a clínica psicanalítica.
Em 2016, venceu o Prêmio BDMG Instrumental com composições e arranjos autorais, o que o levou a uma série de shows. Em 2017, foi convidado a ministrar oficinas no Segundo Seminário Euro-Brasileiro de Choro, organizado pelo Club du Choro de Paris e Casa do Choro de Toulouse. Em 2020, seu primeiro álbum autoral “Vata” foi lançado no Brasil e no Japão, onde foi publicado pelo selo “Après-Midi” e muito bem recebido, ficando em segundo lugar no TOP10 2020 do site japonês musica-terra.com.